Poema de Tarso Correa de 01 de julho de 2013.
Tempo arrastado
Chão de terra, casa caiada,
Sino dobrando, beata rezando.
No adro, o burro pasta arrastando a cangalha.
No bar, viola geme, tem pinga no copo;
Sinhô sentando no toco, pitando seu cigarro de palha;
Conversa fiada, riso contido com graça
O tempo não passa e a vida se arrasta.
Sino dobrando para a missa chamando.
Dia que termina, neblina na serra, suor da terra.
Noite que se anuncia, céu de turmalina;
Sino dobrando para a missa chamando.
Blog sobre poesias. Poesias que gritam as mazelas humanas e seus encantos; suas perdas e microcefalias sociais, em que somos atores das nossas frustrações, buscando a receita da felicidade.
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terça-feira, 11 de março de 2014
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