Poema de Tarso Correa,
Escrever o sonho
O tempo passou e não tive tempo para o tempo,
Trabalhei desde menino, abraçado ao cabo da enxada,
Brigando com a terra ressecada,
Maltratando minha alma magoada;
Acordava com a noite banhada pelo relento,
Pegava minha matula e ia para o campo,
Ganhar meu sustento, cantando meu pranto;
É, o tempo passou e hoje com as mãos tortas e calejadas, visão embaçada,
Aperto o lápis tentando expelir as letras,
Que teimam em sair tremidas no papel,
Como hieróglifos ininteligíveis, garranchos sofríveis;
Sou um cego que vê o mundo e não entende,
Nos neons e outdoors,
De vários tons e sons;
Sou dependente neste mundo restrito, menor;
Hoje, quero ser e ter um mundo maior,
Deixar o obscuro , saltar este muro,
Ser acessível,
E, tornar meu sonho possível.
Blog sobre poesias. Poesias que gritam as mazelas humanas e seus encantos; suas perdas e microcefalias sociais, em que somos atores das nossas frustrações, buscando a receita da felicidade.
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quinta-feira, 11 de dezembro de 2014
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