Obsolescência da vida
Queria rimar cores,
Iluminar pensamentos,
Mas os meus versos,
Boiam na lama da impunidade;
Na morte dos amores,
Dos choros e lamentos.
Queria rasgar os discursos perfeitos mas controversos,
Chorar a nossa nulidade;
Mas tenho a alma cega de tantas lágrimas de sangue e barro;
Com o peito engasgado, juntando os sentimentos doídos me amarro,
Nesta vida de vidas ceifadas,
Bocas caladas.
Por onde caminhas Josés e Marias?
Para onde vamos sem a nossa alegria?
Blog sobre poesias. Poesias que gritam as mazelas humanas e seus encantos; suas perdas e microcefalias sociais, em que somos atores das nossas frustrações, buscando a receita da felicidade.
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domingo, 22 de novembro de 2015
quarta-feira, 29 de julho de 2015
Silêncio - poema de Tarso Correa
Silêncio
A sombra que protege teu corpo,
É a lápide do teu túmulo;
No silêncio das bocas caladas,
Não regurgitam mais escárnios;
Seus sonhos, ou apenas um mero ideal, tudo morto;
Não terás mais o estímulo;
Olhe para os lados, vês os teus vizinhos, tiveram a vida ceifada,
Pelo tempo ou desatino;
Aproveita o resto que te resta,
A solidão que lhe abraça e manifesta,
Suga a última gota deste amor letal,
E, aquieta a alma neste mundo banal.
A sombra que protege teu corpo,
É a lápide do teu túmulo;
No silêncio das bocas caladas,
Não regurgitam mais escárnios;
Seus sonhos, ou apenas um mero ideal, tudo morto;
Não terás mais o estímulo;
Olhe para os lados, vês os teus vizinhos, tiveram a vida ceifada,
Pelo tempo ou desatino;
Aproveita o resto que te resta,
A solidão que lhe abraça e manifesta,
Suga a última gota deste amor letal,
E, aquieta a alma neste mundo banal.
sexta-feira, 17 de julho de 2015
Lágrimas secas - Poema de Tarso Correa
Lágrimas secas
Nas areias da ampulheta,
Que escorre pelo compasso da vida,
Sangramos sonhos não realizados ou esquecidos nas curvas do tempo;
Largamos as mágoas pelas sarjetas,
Dissolvemos o gosto acre da acidez do formicida,
Para não termos que reviver a dor mais doída;
Colecionamos mazelas curadas nas noites mais escuras, banhadas pelo relento,
Morremos a cada desculpa mal dada ou não falada,
Deixada, esquecida nas insônias do leito,
Lavada pelo suor do orgulho engolido no aperto do peito,
Pela lágrima não derramada, contida, sofrida dos nossos desacertos.
Nas areias da ampulheta,
Que escorre pelo compasso da vida,
Sangramos sonhos não realizados ou esquecidos nas curvas do tempo;
Largamos as mágoas pelas sarjetas,
Dissolvemos o gosto acre da acidez do formicida,
Para não termos que reviver a dor mais doída;
Colecionamos mazelas curadas nas noites mais escuras, banhadas pelo relento,
Morremos a cada desculpa mal dada ou não falada,
Deixada, esquecida nas insônias do leito,
Lavada pelo suor do orgulho engolido no aperto do peito,
Pela lágrima não derramada, contida, sofrida dos nossos desacertos.
quinta-feira, 19 de março de 2015
Meu mundo seu
Poema de Tarso Correa
Meu mundo seu
Sou luz condensada em matéria pálida,
Alma de criança em um corpo que envelhece,
Sou fluído, sou eterno, um hálito cálido,
Um sopro de Deus que resplandece;
Sou especial, exponencial,
Sou apenas diferente,
Eterno carente de ti,
Perdido em mim, vagando no meu transtorno mental
Sou um lapso do tempo, um ápice temporal;
Ao tocar-me, que seja com atitudes,
Não preciso dos toques físicos,
Que me maculam, agridem e machucam;
Só quero o teu amor, a tua presença e virtudes;
Caminhe comigo, aceite-me como sou,
Trancado no meu mundo a saborear o micro, pois já sou macro;
Um dia, verás que fui para ti, um sonho,
Que deixei marcas por onde andei,
Que cresci, enraizei em teu coração,
Banhei minha vida em teu calor,
Mesclei minha alma a tua,
Que nua se fecundou;
Lembrarás que permitiu fluir o amor;
Por alguém que contigo permeou as alucinações,
Em mundos assombrados e encantados;
Que caminhou comigo, e que me deste a mão,
E com carinho me acalentou.
Meu mundo seu
Sou luz condensada em matéria pálida,
Alma de criança em um corpo que envelhece,
Sou fluído, sou eterno, um hálito cálido,
Um sopro de Deus que resplandece;
Sou especial, exponencial,
Sou apenas diferente,
Eterno carente de ti,
Perdido em mim, vagando no meu transtorno mental
Sou um lapso do tempo, um ápice temporal;
Ao tocar-me, que seja com atitudes,
Não preciso dos toques físicos,
Que me maculam, agridem e machucam;
Só quero o teu amor, a tua presença e virtudes;
Caminhe comigo, aceite-me como sou,
Trancado no meu mundo a saborear o micro, pois já sou macro;
Um dia, verás que fui para ti, um sonho,
Que deixei marcas por onde andei,
Que cresci, enraizei em teu coração,
Banhei minha vida em teu calor,
Mesclei minha alma a tua,
Que nua se fecundou;
Lembrarás que permitiu fluir o amor;
Por alguém que contigo permeou as alucinações,
Em mundos assombrados e encantados;
Que caminhou comigo, e que me deste a mão,
E com carinho me acalentou.
terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
A bailarina
Poema de Tarso Correa
A bailarina
Na harmonia das notas musicais,
Na ponta dos pés a pequena bailarina
Vai costurando filigranas de luz no tablado de madeira,
Tecendo redes invisíveis de pentagramas;
São rimas angelicais entre o corpo e a sonoridade,
Emaranhado simples e complexo parecendo uma singela brincadeira,
Encoberta por uma tênue neblina de som e magia;
Vai trançando os pés e meu coração,
Brincando com meus desejos mais puros impressos na retina;
Carolina, Marina, Sabrina, não importa,
É simplesmente uma menina bailarina,
Que amarrou o meu amor platônico,
No sonho que se apagou;
Quando a luz acendeu,
A realidade me escondeu,
Na cortina da vida que descerrou.
A bailarina
Na harmonia das notas musicais,
Na ponta dos pés a pequena bailarina
Vai costurando filigranas de luz no tablado de madeira,
Tecendo redes invisíveis de pentagramas;
São rimas angelicais entre o corpo e a sonoridade,
Emaranhado simples e complexo parecendo uma singela brincadeira,
Encoberta por uma tênue neblina de som e magia;
Vai trançando os pés e meu coração,
Brincando com meus desejos mais puros impressos na retina;
Carolina, Marina, Sabrina, não importa,
É simplesmente uma menina bailarina,
Que amarrou o meu amor platônico,
No sonho que se apagou;
Quando a luz acendeu,
A realidade me escondeu,
Na cortina da vida que descerrou.
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