Blog sobre poesias. Poesias que gritam as mazelas humanas e seus encantos; suas perdas e microcefalias sociais, em que somos atores das nossas frustrações, buscando a receita da felicidade.
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domingo, 11 de dezembro de 2016
ESTRELA GUIA
ESTRELA GUIA - POEMA DE TARSO CORRÊA
Mais um ano que se passa de grandes desafios,
Enrolado em fios de dúvidas, medos e incertezas,
Mas no final abrimos nosso coração,
Rasgamos nossos segredos, mostramos nossas vidas e nossa delicadeza;
Somos muitos;
Melquior somos nós,
No suor do trabalho,
Ouro mais puro pelo tempo dispensado;
Gaspar somos nós,
Nas velas, incensos e orações de agradecimento pela vontade realizada;
Baltazar somos nós,
Abrindo nossa alma banhada pela humanidade,
Reconhecendo nossa fragilidade;
Somos nós, muitos somos;
Seguindo o caminho que traçastes, buscando teus passos,
Como uma estrela guia,
Que nas noites mais frias nos cobre de bondade;
Como presentes de agradecimento,
Levamos o ouro, o incenso e a mirra,
O trabalho, a fé e nosso sofrimento,
O trabalho sem revolta,
A fé equilibrada na razão,
O sofrimento como evolução;
O teu nascimento é nosso recomeçar,
É resgatar a esperança,
Na perseverança do caminhar.
sábado, 22 de outubro de 2016
REFLEXO DESCONEXO
REFLEXO DESCONEXO- Poema de Tarso Corrêa
Meu corpo não é meu,
Sou sofrido nesta roupagem que não me representa,
Neste claustro que me sufoca;
A alegria que banhava minha alma se perdeu;
Alimento este segredo, perdido no degredo;
No espelho o reflexo é desconexo,
Um silêncio no vazio,
Uma alma sem corpo,
Que torto vaga nas águas da maledicência, buscando um porto;
Rasgo em dores salgadas pelos rótulos pejorativos,
Buscando desembrulhar me dos adjetivos;
Sonhando com a liberdade,
De mesclar alma e corpo,
Iluminar meu pranto,
Descobrir deste manto;
Mas o medo me acalenta,
Pelo escárnio da sociedade,
Que me abraça e toca;
Sou igual e diferente,
No meio de tanta gente.
Meu corpo não é meu,
Sou sofrido nesta roupagem que não me representa,
Neste claustro que me sufoca;
A alegria que banhava minha alma se perdeu;
Alimento este segredo, perdido no degredo;
No espelho o reflexo é desconexo,
Um silêncio no vazio,
Uma alma sem corpo,
Que torto vaga nas águas da maledicência, buscando um porto;
Rasgo em dores salgadas pelos rótulos pejorativos,
Buscando desembrulhar me dos adjetivos;
Sonhando com a liberdade,
De mesclar alma e corpo,
Iluminar meu pranto,
Descobrir deste manto;
Mas o medo me acalenta,
Pelo escárnio da sociedade,
Que me abraça e toca;
Sou igual e diferente,
No meio de tanta gente.
terça-feira, 13 de setembro de 2016
Descortinando o passado
Descortinando o passado - poema de Tarso Correa
Vasculhando as gavetas da minha vida,
Chorei, sorri, fiz careta;
Encontrei inutilidades, futilidades,
Que hoje não sei por que guardei;
Encontrei alegrias, coisas importantes e algumas meras alegorias;
Encontrei encontros e desencontros,
Amores que ficaram surrados, abandonados,
E mágoas que criaram teias e ficaram mofadas;
Encontrei umas tantas vidas que com a minha cruzou,
E que o tempo levou;
Encontrei realizações e decepções,
Emoções enclausuradas nas lágrimas contidas,
Da tristeza guardada;
Encontrei ainda, jogada em um canto,
Um tanto de alegria embrulhada, reprimida;
Agora, cabe a mim, limpar o mofo,
Sacudir a poeira,
Limpar a sujeira;
Seguir colecionando as tralhas que o tempo me traz,
Trançando meus pés nesta andança
Até o tempo que não terei o tempo,
E passarei a ser lembrança;
Uma biografia vazia,
Uma fotografia sem nome,
Perdida, esquecida.
Vasculhando as gavetas da minha vida,
Chorei, sorri, fiz careta;
Encontrei inutilidades, futilidades,
Que hoje não sei por que guardei;
Encontrei alegrias, coisas importantes e algumas meras alegorias;
Encontrei encontros e desencontros,
Amores que ficaram surrados, abandonados,
E mágoas que criaram teias e ficaram mofadas;
Encontrei umas tantas vidas que com a minha cruzou,
E que o tempo levou;
Encontrei realizações e decepções,
Emoções enclausuradas nas lágrimas contidas,
Da tristeza guardada;
Encontrei ainda, jogada em um canto,
Um tanto de alegria embrulhada, reprimida;
Agora, cabe a mim, limpar o mofo,
Sacudir a poeira,
Limpar a sujeira;
Seguir colecionando as tralhas que o tempo me traz,
Trançando meus pés nesta andança
Até o tempo que não terei o tempo,
E passarei a ser lembrança;
Uma biografia vazia,
Uma fotografia sem nome,
Perdida, esquecida.
domingo, 14 de agosto de 2016
PAI
Pai - poema de Tarso Correa
Ai, Ai, meu pai;
Fostes embora mas ficou a saudade,
Que embaça meus olhos,
Nas lágrimas que teimam em não cair;
Da vida, foi pura maldade,
Que deixou trancada em ferrolhos,
A vontade de te ter;
Abrir o coração, te beijar,
E em teus braços me acolher.
Ai, Ai, meu pai;
Fostes embora mas ficou a saudade,
Que embaça meus olhos,
Nas lágrimas que teimam em não cair;
Da vida, foi pura maldade,
Que deixou trancada em ferrolhos,
A vontade de te ter;
Abrir o coração, te beijar,
E em teus braços me acolher.
segunda-feira, 8 de agosto de 2016
Sentimento rasgado
Sentimento rasgado - poema de Tarso Correa
A unha cravada na carne,
Retrato do desejo de segurar o momento
Que no corpo arde;
O suor latejando na pele,
A troca de desejos reprimidos, transpirando pelos pensamentos,
Que correm em cenas desconexas;
Tudo evapora, expele
Pelas bocas, vapores, imagens de desejos,
Que o tempo não apagou;
A saudade, que comigo morou,
Emana em flashes de lamentos complexos,
Que se dissolvem no encontro das lágrimas contidas,
Reprimidas pela ausência,
Na carência do outro.
A unha cravada na carne,
Retrato do desejo de segurar o momento
Que no corpo arde;
O suor latejando na pele,
A troca de desejos reprimidos, transpirando pelos pensamentos,
Que correm em cenas desconexas;
Tudo evapora, expele
Pelas bocas, vapores, imagens de desejos,
Que o tempo não apagou;
A saudade, que comigo morou,
Emana em flashes de lamentos complexos,
Que se dissolvem no encontro das lágrimas contidas,
Reprimidas pela ausência,
Na carência do outro.
segunda-feira, 1 de agosto de 2016
Textura de Luz
Textura de luz - poema de Tarso Corrêa
A vida é uma imersão, inversão;
Hoje, quando o até logo se aproxima,
Onde as rimas não fazem mais sentido,
Momento mais doído,
No vácuo das perguntas sem respostas,
Sentindo o peso do mundo nas costas,
Na ausência que me exponho;
Quando a penumbra envolve meus sonhos,
Que se desfazem na dependência,
Carência;
Então, tudo se ilumina pelos seus sorrisos,
Refletidos na sua retina, opaca pela catarata,
Transformando tudo, lavado pela cascata de paz,
Que toda angústia se desfaz
Acalma a alma, afaga;
Apaga a dor,
Dando cor;
Tudo pelo dom de poder ser mãe da minha mãe.
A vida é uma imersão, inversão;
Hoje, quando o até logo se aproxima,
Onde as rimas não fazem mais sentido,
Momento mais doído,
No vácuo das perguntas sem respostas,
Sentindo o peso do mundo nas costas,
Na ausência que me exponho;
Quando a penumbra envolve meus sonhos,
Que se desfazem na dependência,
Carência;
Então, tudo se ilumina pelos seus sorrisos,
Refletidos na sua retina, opaca pela catarata,
Transformando tudo, lavado pela cascata de paz,
Que toda angústia se desfaz
Acalma a alma, afaga;
Apaga a dor,
Dando cor;
Tudo pelo dom de poder ser mãe da minha mãe.
domingo, 1 de maio de 2016
Ad venture - poema de Tarso Correa
Ad venture
Escolhi a vida,
A vida me escolheu;
No amniótico me banhei,
Na luz me fecundei;
Na ânsia pelo ar,
A minha alma suguei,
Vestindo meu corpo,
Um tanto torto,
Iluminei.
Escolhi a vida,
A vida me escolheu;
No amniótico me banhei,
Na luz me fecundei;
Na ânsia pelo ar,
A minha alma suguei,
Vestindo meu corpo,
Um tanto torto,
Iluminei.
terça-feira, 19 de abril de 2016
Lobotomia social - poema de Tarso Correa
Lobotomia Social
As minorias pelo poder do controle remoto,
Escolhem as meias verdades e mentiras,
E projetam nas telas das retinas da maioria;
São poderes escusos, interesses próprios;
E a boiada segue para o matadouro da consciência,
Neste maremoto de complacência.
E, a rotina dos caras pintadas,
Ao som das panelas,
Nos piscar das luzes,
Volta às filas nos hospitais,
Nas propinas forjadas dos editais,
Acobertados pelos capuzes da impunidade,
Na violência das vilas e suas mazelas,
Nas escolas manietadas formando analfabetos,
Frutos deste vil trajeto;
Assim, segue o mundo nesta cadência da monarquia de filhos e netos,
Projetando seus espúrios domínios do covil de concreto e poder.
Neste país de eterna franquia servil.
As minorias pelo poder do controle remoto,
Escolhem as meias verdades e mentiras,
E projetam nas telas das retinas da maioria;
São poderes escusos, interesses próprios;
E a boiada segue para o matadouro da consciência,
Neste maremoto de complacência.
E, a rotina dos caras pintadas,
Ao som das panelas,
Nos piscar das luzes,
Volta às filas nos hospitais,
Nas propinas forjadas dos editais,
Acobertados pelos capuzes da impunidade,
Na violência das vilas e suas mazelas,
Nas escolas manietadas formando analfabetos,
Frutos deste vil trajeto;
Assim, segue o mundo nesta cadência da monarquia de filhos e netos,
Projetando seus espúrios domínios do covil de concreto e poder.
Neste país de eterna franquia servil.
domingo, 10 de abril de 2016
Alma Seca - Poema de Tarso Correa
Poema de Tarso Correa
Alma Seca
Passo raso, lasso,
Sem compasso,
Na indecisão do perdão,
Na verbalização do não;
Sem o laço do abraço,
Enlaçado pela frieza do aço;
O vaguear no tormento,
Na frigidez da indiferença,
Do amor sem crença,
Do sorriso seco como lamento;
Olhos frios a pulsar mágoas como calafrios,
Na escuridão do tempo que escorre lento.
Alma Seca
Passo raso, lasso,
Sem compasso,
Na indecisão do perdão,
Na verbalização do não;
Sem o laço do abraço,
Enlaçado pela frieza do aço;
O vaguear no tormento,
Na frigidez da indiferença,
Do amor sem crença,
Do sorriso seco como lamento;
Olhos frios a pulsar mágoas como calafrios,
Na escuridão do tempo que escorre lento.
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